História

Um resumo do 2º trimestre: desde a Proclamação da República,

até os movimentos sociais existentes, como os cangaceiros.

A PROCLAMAÇÃO

Os republicanos, no dia 14 de novembro, divulgaram informações falsas a respeito da prisão de Benjamin Constant (um dos principais líderes do movimento republicano) e Mal. Deodoro. Desta forma, eles contaram com o apoio da população. Afinal, há tempos todos viam a República como um governo moderno, e a Monarquia como um governo ultrapassado. Já no dia 15 de novembro de 1889, Deodoro uniu tropas e proclamou a República. Foi um acontecimento simples, pois neste momento o antigo Imperador, D. Pedro II, não possuía apoio algum (latifundiários, Guarda Nacional), nem mesmo o exército, o qual estava do lado dos republicanos. No dia 16, a família Real recebeu intimação para deixar o país (exílio). Aconteceu uma mudança política, mas não social. Ocorreu, portanto, um Golpe Militar.

A REPÚBLICA VELHA

O período ficou dividido entre duas Repúblicas: a República da Espada, de 1889 a 1894 e a República Oligárquica, de 1894 até 1930. Ficou conhecida como "da Espada" pois os governantes eram militares. Foi chamada como "Oligárquica", pois o poder estava nas mãos dos latifundiários (oligarquia - poder exercido por um pequeno grupo).

O GOVERNO PROVISÓRIO DE DEODORO

Aconteceu durante 1889-1891. As medidas foram, principalmente: o exílio da família real; a convocação de uma Assembleia Constituinte, o que criaria posteriormente uma nova Constituição; separação entre o Estado-Igreja (portanto não existia mais "Beneplácito" ou "Padroado"), nova bandeira.

CONSTITUIÇÃO DE 1891

O Brasil, com a nova Constituição, tornou-se uma República Federativa Presidencialista ("federação" significa conceder autonomia aos Estados - antigas províncias). Ficou decidido que os mandatos no Brasil seriam de 4 anos. Havia direito a voto, não sendo mais censitário, mas permanecia sendo apenas para um grupo restrito (acima de 21 anos, não podendo votar: mulheres, mendigos, analfabetos, clérigos e soldados). A primeira eleição presidencial foi indireta. A 1ª eleição presidencial, ou seja, a que elegeu Deodoro, foi indireta.

O GOVERNO DE DEODORO (91)

A primeira eleição contou com um período de instabilidade política. Isto aconteceu pois, nesta primeira vez, houve uma votação separada para presidente e vice-presidente. Para presidente foi eleito Deodoro, enquanto para vice, Floriano. Os dois participavam de chapas/partidos diferentes. Desta forma, é possível afirmar que o governo de Deodoro foi difícil. Ele tinha seus próprios objetivos, que condiziam com os do seu vice, ou seja, uma oposição política. Para não perder o poder, ele tomava medidas autoritárias. Sendo que ele mesmo havia feito o Golpe Político que tirou a Família Imperial do poder, ele, temendo um novo Golpe, fechou o Congresso. 

Além de tal fato, é preciso considerar também a Política de Encilhamento, criada por Rui Barbosa, com o objetivo de criação de novas indústrias no Brasil, que ainda nesta época dependia principalmente de atividades agrícolas. Ele concedia empréstimos para a população, dinheiro que foi mal utilizado, pela ausência de verificação por parte do governo. O dinheiro da maior parte dos empréstimos era utilizado para outros meios de conseguir ainda mais dinheiro, como apostar na Bolsa. Com isto, havia muitas indústrias no Brasil registradas, mas a maior era fantasma, não existia. Por estes motivos, Deodoro renunciou o cargo de presidente do Brasil. Nesta época não havia grande participação da população para com a política. 

GOVERNO DE FLORIANO (91-94)

Floriano começou o governo de uma forma errada. Segundo a nova Constituição, era preciso que houvesse uma nova eleição, fato que não aconteceu. Isto gerou insatisfação do povo, sendo assim criada a Revolta da Armada (lembrar que houveram duas revoltas da Armada: a primeira, condizia com o governo de Deodoro, a segunda, e que será cobrada em avaliação, de Floriano). Em seu governo houve a adoção de medidas populares, tais quais: diminuição dos impostos (da carne); controle dos alugueis e construção de casas populares. 

A POLÍTICA DOS GOVERNADORES

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Compreenda melhor como funcionava
a política dos governadores

A política dos governadores funcionava como uma troca de favores entre o presidente, o governador e os coronéis. Basicamente: o Governo Federal (presidente) oferecia ao Governo Estadual (governador) verbas e benefícios, em troca de apoio político, fazendo leis que favoreçam a política de tal presidente.

Já os Coronéis participavam do voto de cabresto. Naquela época, como visto no resumo acima, era possível votar, mas apenas um grupo restrito. O voto era aberto, ou seja, qualquer um saberia para quem você estava votando, sobretudo os coronéis; estes farão com que os eleitores votassem no governador/deputado federal/senador que desejasse. 

OS CANGACEIROS 

O cangaço foi um dos movimentos sociais da República Oligárquica, e além disto um dos mais importantes. Eles eram considerados "bandidos sociais", pois roubavam dos ricos para dar para os pobres (e sendo que a maior parte dos cangaceiros eram pobres, eles portanto roubavam também para si). E por ricos subentende-se os coronéis, os quais nem sempre tinham muito dinheiro, mas eram os mais ricos da região em que viviam. Os cangaceiros eram nordestinos, e podem ser considerados nômades, pois fugiam de pessoas que queriam prendê-los, costumando se localizar escondidos no cerrado. Eles eram contra o poder existente na época,  o que além do governo Federal e Estadual, incluía também os coronéis. Apesar de não concordar com eles, às vezes os apoiava. Isto porque, vivendo sempre a mesma vida de fuga, eles acabavam precisando de um pouco de descanso duradouro, sem a necessidade de alguns ficarem acordados para vigia. Com isto, eles escolhiam fazendeiros - normalmente as fazendas mais longe e escondida -, com quem conversavam e discutiam para ali passar uma noite e obter comida. Em troca, eles ofereciam proteção. A população às vezes apoiava, mas também sentia medo dos cangaceiros.

Padre Cícero era considerado santo pelos nordestinos, e defendia os interesses dos sertanejos, o que o tornava um líder do movimento.