sexta-feira, 28 de outubro de 2011

História: 1808 - 1822


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Este é mais um post sobre a vinda dos portugueses ao Brasil, que aconteceu no período de novembro de 1807 à janeiro de 1808. Se quiser ver um post anterior sobre o assunto, clique aqui.
Neste post, além dos conteúdos já vistos em sala de aula, serão apresentadas também algumas curiosidades. Confiram neste post um novo resumo, ou seja, provavelmente aqui existiram informações repetidas em relação à postagem anterior, que estava mais reduzida.

Por este motivo, no dia 29 de novembro de 1807, os navios estavam prontos para a partida. D. João havia sido esperto, pois havia o tempo todo mostrado, falsamente, aos franceses que ele iria aderir ao Bloqueio Continental. Tudo isto até agora havia acontecido porque Napoleão Bonaparte havia declarado o Bloqueio Continental (o qual proibia a compra de produtos da Inglaterra), e D. João se via à frente de uma impassibilidade. Afinal, a Inglaterra havia sido deste o princípio (desde o princípio literalmente, pois há relatos de ajuda e do início destes laços desde 1147) uma grande aliada à Portugal, e seria tecnicamente um insulto resolver deixar de comprar os produtos da mesma. Outro ponto que pode ter definido a decisão de sua fuga era que a Inglaterra era uma grande potência econômica, e ceder ao Bloqueio seria tão ruim quanto não ceder.


Foi em 1807 que as decisões do príncipe regente Dom João VI foram tomadas. Por ser um rei covarde, e não tido também a opção de guerrear contra as tropas napoleônicas, ele resolveu seguir à sua mais próspera colônia. 
Para se imaginar, haviam mais de quatro dezenas de navios ao mar, eles sendo portugueses e também ingleses, pois os ingleses os estavam ajudando até a chegada dos portugueses ao Brasil. Foi uma grande correria, e com certeza, por causa da tamanha improvisação, foi algo impossível levar muitos estoques de mantimentos aos navios - considerando que a partida só havia sido decidida no 24.
Durante a viagem, houveram várias pragas. Uma delas, concentrada sobretudo no navio de Carlota Joaquina, era a presença de piolhos, que fez com que as mulheres raspassem o cabelo e optassem pela peruca.
A chegada dos portugueses ao Brasil durou três meses. No dia 22 de janeiro, enquanto alguns navios seguiram à Cabo Verde (África) e outros ao Rio de Janeiro, D. João preferiu seguir à Salvador.

D. João VI, ao chegar no Rio de Janeiro, deparou-se com uma cidade precária, sem muitos habitantes ou casas luxuosas. O mesmo tomou então algumas providências, que seriam elas a abertura da Biblioteca Nacional, do Banco Brasil, do Jardim Botânico, etc. assim como outras providências mais generalizadas, como a pavimentação das ruas, e colégios para filhos de elite.
Por este motivo, é considerado que D. João elevou o Brasil à Portugal e à Inglaterra, considerando que não poderia voltar para Portugal - os franceses ainda poderiam (e muito provavelmente estavam) estar no país.


Alguns costumam se perguntar o porquê da Inglaterra ajudar Portugal em uma fuga - não apenas por ser uma fuga, mas também por ser uma fuga bastante improvisada. Para isto, como já foi dito acima, é preciso considerar que os laços entre ambos os países já eram antigos. Outro motivo era que a própria Portugal já havia ajudado a Inglaterra anos antes, pois ajudou a conquistar um território na Espanha (Gilbraltar), em 1704. Mais um motivo fundamental seria que, obviamente, a Inglaterra seria beneficiada com a colonial. Na época da fuga, foi assinado um contrato que pedia a abertura dos portos para as nações amigas, segundo a própria Inglaterra havia pedido. A abertura, lembrando, fez com que Portugal quebrasse o Pacto Colonial - o Pacto fazia com que a colônia comprasse produtos apenas da metrópole,  e que a colônia vendesse apenas para a metrópole.
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Foi apenas depois de pouco mais de uma década que João VI precisou retornar à Portugal. Isto aconteceu pois, naqueles anos, estava acontecendo a Revolução do Porto. Nela estavam participando a elite. Eles tinham a sensação de abandono, considerando que D. João VI veio ao Brasil com 15.000 pessoas, e dentre elas, na grande maioria, Nobres, e deixando para trás um país sem formas de defesa imediata. A Revolução pretendia trazer ao país ideias liberais, tirando a monarquia absolutista proposta pelo rei D. João VI na época.
A independência do Brasil aconteceu de forma bastante diferente caso seja comparado com qualquer outro país. Afinal, mesmo se tornando um país independente, o Brasil preferiu possuir um imperador - sendo que a maioria dos países da época já era uma República - e ainda por cima permanecer com os seus ex-colonizadores do poder. Outro fato foi o pedido de indenização de D. João VI, pedindo um valor de 2 milhões de libras para o seu filho, D. Pedro I, que estava no governo. O filho pediu um empréstimo à Inglaterra, e a entregou de bons modos ao seu pai. O valor, apenas em uma estimativa, pode hoje custar aproximadamente 6 milhões de reais. Caso este mesmo valor fosse considerado antigamente, ele seria equivalente à, aproximadamente, dentre 8 ou 10 milhões de reais. 


Confira alguns vídeos, baseados no livro 1808, que falam sobre a vinda da família real ao Brasil:



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